Programa de Seminário do Observatório das Migrações: Dia Mundial do Refugiado

O dia 20 de junho foi estabelecido como Dia Mundial do Refugiado em 2001 pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas. Desde essa ocasião, a data tem sido marcada por reflexões em todo o mundo sobre a proteção das pessoas obrigadas a abandonar sua família, amigos, casa, trabalho e país, motivadas pelas mais diversas perseguições.

No Brasil é reconhecida como refugiada toda pessoa forçada a deixar o seu país de origem ou, não tendo nacionalidade, o país de residência habitual, devido a fundado temor de perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social, opiniões políticas ou em razão de grave e generalizada violação de direitos humanos.

Mesmo não se situando próximo a zonas de conflito, devido a conjuntura mundial marcada por crises humanitárias, bem como por políticas migratórias restritivas, o Brasil é um país de destino de pessoas que solicitam refúgio.  De acordo com dados do Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE) do mês de abril de 2016, o Brasil contava com 8.863 refugiados reconhecidos, de 79 nacionalidades distintas – especialmente Síria, Angola, Colômbia, República Democrática do Congo e Palestina – incluindo refugiados reassentados.

Para refletir sobre tema, na próxima terça-feira, 20 de junho de 2017, o Museu da Imigração, em parceria com Observatório das Migrações em São Paulo (UNICAMP/NEPO), Missão Paz, Observatório das Metrópoles (PUC-SP), Observatório de Políticas Públicas (USP), Observatório da Imigração do Estado de Minas Gerais (PUC-Minas) e Observatório das Migrações em Rondônia (UNIR), promove mais um dia de discussões inserido no Programa de Seminário do Observatório das Migrações.

A programação do dia 20 de junho começa às 9h30, com a Mesa “Migração, Refúgio e Direitos Humanos”, com coordenação de Tatiana Waldman (Museu da Imigração) e arguição de Isabela Mazão (ACNUR), Luiz Vedovato (UNICAMP), Duval Fernandes (PUC-Minas), Paolo Parisi (Missão Paz) e Rosana Baeninger (NEPO/UNICAMP). Às 11h00 se inicia a segunda Mesa “Experiência Imigrante”, com coordenação de José Carlos Alves Pereira (Missão Paz) e arguição de Claudine Shindany (República Democrática do Congo) e Carlos Daniel Escalona Barroso (Venezuela).