O que você procura?

Expressão cordial, de boas-vindas e acolhida. Mas nas entrelinhas reforça as diferenças entre quem por direito habita um espaço e quem vem de fora e tem permitida a sua entrada.

Em uma trajetória migrante, sentir-se em casa é um processo que pode levar tempos variados, dependendo de aptidões subjetivas de quem o vivencia e das condições que encontra no novo lugar.

Em meio a tantas mudanças, físicas e sentimentais, o que representa a casa, esse espaço associado à segurança e ao conforto? Quem parte deixa uma casa para trás e dela carrega consigo as lembranças. Quem chega necessita de uma nova casa, seja ela temporária, cambiante, compartilhada ou definitiva, para sua proteção e reconstrução.

Para além de um lugar físico, com teto, chão e paredes, a casa pode ser aquilo com que a compomos, ou seja, os objetos que nos fazem lembrar de quem somos e do que vivemos. Objetos que no momento da partida carregamos conosco nos bolsos, em malas ou nas recordações e que, no correr do tempo, se juntam a outros que vamos acumulando e ajudando a nos reelaborar.

A casa pode ser ainda um vínculo, um afeto. E por isso, sentir-se em casa pode significar reconhecer-se parte de um lugar, estreitando laços humanos de conforto e apoio. Mas, afinal, que sentidos a casa pode ter para quem migra? Estruturada nos eixos Acolhida, Habitar e Morada, a exposição explora as múltiplas relações entre a experiência de migrar e a casa, como espaço e como conceito.

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